“Pix tipo exportação”: modalidade de pagamento se populariza na Argentina, valorizando o real
Na cidade fronteiriça, que faz divisa com Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, vários comerciantes estão aceitando o Pix de olho no poder de compra dos brasileiros e na valorização do real, enquanto o peso argentino continua a perder valor diante de uma inflação anual superior a 100%.
Desde junho, o Pix pode ser utilizado em lojas em todo o território argentino, especialmente em pontos turísticos, graças a uma iniciativa de uma plataforma de pagamentos digitais privada da Argentina, que se antecipou ao plano oficial do Banco Central de exportar a tecnologia de pagamentos instantâneos para países vizinhos.
A iniciativa foi liderada pela empresa KamiPay, cujos fundadores, em parceria com colaboradores no Brasil, enxergaram uma oportunidade de negócios na presença considerável de turistas brasileiros na Argentina (sendo o terceiro maior grupo de turistas, atrás apenas de uruguaios e chilenos, correspondendo a 15% do total de visitantes) e nas complexidades cambiais da economia local.
Através dessa plataforma, o pagamento é realizado em reais por meio da leitura de um código QR, semelhante ao processo no Brasil. Além disso, o uso da tecnologia blockchain agiliza as transações para que os estabelecimentos comerciais argentinos recebam o pagamento instantaneamente.
Atualmente, a Argentina conta com pelo menos cinco cotações do dólar amplamente conhecidas. Na imprensa local, há especulações de que esse número possa chegar a 15.
O Banco Central da República Argentina alega que existe apenas uma cotação oficial do dólar. No entanto, diariamente, os veículos de notícias informam sobre as diversas cotações, incluindo o dólar blue (cotação paralela), o mais utilizado internamente, o dólar MEP, determinado pelo mercado financeiro, e o dólar turismo, entre outros.
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